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domingo, 19 de abril de 2009
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sábado, 18 de abril de 2009
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TRT Bahia reconhece companheiro homoafetivo como dependente
segunda-feira, 13 de abril de 2009Um servidor público do Tribunal Regional do Trabalho da Bahia (5ª Região) conquistou uma importante vitória para os direitos dos homossexuais no estado. Ele obteve o direito de incluir o seu companheiro como dependente para fins de pensão estatutária, dedução em imposto de renda e assistência médica. A relação homoafetiva foi reconhecida como união estável pela maioria dos desembargadores do Órgão Especial do Tribunal, que deu provimento ao recurso administrativo interposto pelo próprio servidor. A decisão abre precedente, na Corte, para julgamentos de casos semelhantes que ocorrem na iniciativa privada e em outros órgãos públicos.
A decisão aprovada pelos desembargadores no julgamento do recurso menciona a legislação que protege a formação da família, aí incluída a união estável, e considera que, embora os dispositivos se refiram apenas à relação entre homem e mulher, não estabelecem qualquer vedação ao reconhecimento da união estável de pessoas do mesmo sexo. Lembra também que os magistrados já vêm aplicando, por analogia, os mesmos princípios para uniões homoafetivas.
Em março de 2008, o servidor requereu à administração do Tribunal a inclusão do companheiro como dependente no plano de saúde, mas teve o pedido negado, sob o fundamento de que a ordem jurídica não tutela a união homossexual como entidade familiar. Ele recorreu e comprovou a estabilidade da união, a identidade de endereços, bem como o fato de que o companheiro já constava como dependente em faturas de cartão de crédito, contas bancárias e na declaração do imposto de renda. Além disso, apresentou declaração do TRT de São Paulo (2ª Região), onde trabalhava antes, mostrando que naquela Corte o seu companheiro já usufruía dos benefícios de dependente.
Para o desembargador federal Luiz Tadeu Vieira, relator do acórdão, a prova mais contundente da estabilidade homoafetiva do servidor é justamente o documento emitido pelo TRT de São Paulo. Aquele Tribunal entendeu que o companheiro poderia ser considerado dependente no plano de saúde, em razão de preencher o requisito constante do art. 1º da Lei 9.278/96 e do art. 1.723 do Código Civil, que caracterizam a união estável pela “convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família”, não mencionando qualquer prazo temporal mínimo de convivência.
“Uma vez que o requerente possui anos de convivência comprovada, não há porque indeferir o pleito de inclusão do companheiro por falta de prova da convivência habitual”, afirmou o desembargador em seu relatório. Além disso, argumentou, é certo que doutrina e jurisprudência vêm se inclinando no sentido de reconhecer os direitos decorrentes das relações homossexuais.
Da redação local,
Com informações da Ascom do TRT Bahia
Postado por Denis de Souza às 15:10 0 comentários
LGBT agora é problema estadual
terça-feira, 7 de abril de 2009– Esse conselho não foi tirado da cartola – conta Cláudio Nascimento Silva, superintendente de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos da secretaria. – Há dois anos, estamos fazendo políticas públicas para assegurar e promover nossos direitos. Não será uma medida para inglês ver. É importantíssimo que o estado inclua os homossexuais na agenda pública.
O conselho será composto por 40 membros, dos quais 16 serão representantes das secretarias de Segurança; Administração Penitenciária; Saúde e Defesa Civil; Trabalho e Renda; Educação; Turismo, Esporte e Lazer; os outros 24 serão representantes da sociedade. Também estarão representados o Ministério Público do Estado, a Defensoria Pública, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a Assembléia Legislativa (Alerj). Será criado um fórum para decidir os requisitos para escolhas dos membros. A posse será em 17 de maio, data mundial de combate à homofobia. A função de membro do conselho é considerada como serviço público relevante e por isso não serão remunerados.
– Queremos que todos os setores governamentais fiquem atento para o problema, porque ele está aí e deve ser atacado em diversas frentes. Não é possível que homossexuais sejam perseguidos e agredidos fisicamente por terem orientação sexual diferente – afirma Nascimento Silva.
O conselho faz parte de um programa mais amplo, o Rio sem Homofobia, que será lançado em 28 de junho, dia mundial do orgulho gay e lésbico. Em junho de 2007, foi criada a câmara técnica do projeto e em maio de 2008 foi realizada a primeira Conferência Estadual de Políticas Públicas para Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais (LGBT), que reuniu 700 delegados de 72 municípios.
– Não acredito em política pública sem mecanismos de acompanhamento e avaliação. Com o plano Rio sem Homofobia, o estado vai criar uma rede de proteção básica aos homossexuais – diz o superintendente.
A mais recente briga é para aprovar o projeto 122/2006, da Câmara dos Deputados, que propõe a criminalização da homofobia. O projeto a equipara ao crime de discriminação de raça, cor, etnia, religião, procedência nacional e gênero e o autor da violência fica sujeito a pena, reclusão e multa. Para cada variação da homofobia, há uma penalidade específica, que atinge no máximo cinco anos de reclusão. Para os casos de discriminação em estabelecimentos comerciais, os proprietários ficarão sujeitos a reclusão e suspensão do funcionamento por até três meses. Também será considerado crime proibir a manifestação de carinho. A lei precisa ser votada no Senado, mas encontra oposição de setores conservadores e religiosos.
A luta por direitos vem desde 1996, quando a comunidade conseguiu aprovar a Lei Municipal 2.475/1996, que determina penalidades para as práticas discriminatórias por orientação sexual em estabelecimentos comerciais e órgãos públicos. A lei passou a vigorar em todo o estado quatro anos depois. A mais recente conquista foi em 2007, com aprovação do regulamento 215/2007, que estende o direito de pensão a companheiros e companheiras de servidores públicos homossexuais. A regra já era válida para a capital desde 2002.
João Paulo Aquino
Postado por Cintia de Souza às 08:17 1 comentários
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