CINEOLGA

terça-feira, 21 de julho de 2009





"Para um momento de descontração o filme é encantador, enfocando a realidade da busca por um parceiro no mundo hetero e homossexual, as decepções, erros e acertos."



Sinopse: Quando Clara vê seu namorado Tom beijando Isolde, um ciclo de romances se inicia dentro de um grupo de pessoas que freqüentam o mesmo café em Dublin, na Irlanda. Alguns querem se casar, outros querem apenas ter um caso sem compromissos. Uns traem seus parceiros e outros descobrem mais sobre sua própria sexualidade. A única coisa em que todos concordam é que não dá para viver sem amor. E tudo ao som de muita bossa nova, cantada em português.




Onde você vai assistir? Auditório do Sindicato dos Metalúrgicos (Centro)


Quando? 25/07/09 às 17h


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Plano do governo defende adoção e direitos civis para casais homossexuais

sexta-feira, 15 de maio de 2009

Claudia Andrade
Do UOL Notícias
Em Brasília

O governo federal lançou nesta quinta-feira (14), em Brasília, o Plano Nacional de Promoção da Cidadania e Direitos Humanos de LGBT (Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais). O plano é composto por 51 diretrizes, que devem ser transformadas em políticas de Estado. Entre elas estão a legalização do direito de adoção dos casais que vivem em parceria homoafetiva e o reconhecimento dos direitos civis de casais homossexuais.

"Eu e o meu companheiro temos 37 direitos que não são respeitados. Queremos direitos iguais", disse Toni Reis, presidente da ABGLT (Associação Brasileira de Gays, Lésbicas, Bissexuais, Travestis e Transexuais). "Queremos a união estável. Não defendemos matrimônio - embora até fosse interessante a gente de smoking, casando, jogando buquê, jogando arroz, fazendo toda aquela festa - mas o que queremos é que nossos direitos sejam respeitados".

Para o ministro Paulo Vannuchi (Direitos Humanos), essas mudanças levam tempo, mas o plano ajudaria a antecipar as decisões. "Antes, se falaria em torno de ideias, propostas. Agora é um plano governamental, e cada ministério tem que se adaptar", disse. "Há um crescente reconhecimento na sociedade, há muitos anos existem casais gays. Existe a convivência. Esse é um passo que o Brasil deu na sua construção democrática."

Ele acredita que não é preciso esperar a aprovação de leis para que medidas que garantam direitos sejam colocadas em prática. O exemplo pode vir de empresas públicas e privadas. "Não precisa apostar tudo na aprovação da lei. Antes de aprovar, se a Caixa Econômica (Federal) começa a fazer, se a Petrobras começa a fazer, o Banco do Brasil começa a fazer, as montadoras começam a fazer para os seus funcionários, a mudança na sociedade já vai antecipando a lei e a lei depois só complementa o processo".

Legislativo e Judiciário

No Congresso Nacional, um projeto de lei sobre a união estável entre pessoas do mesmo sexo foi apresentado em março deste ano. O deputado José Genoíno (PT-SP), um dos autores da proposta, diz que ela é uma versão atualizada de um antigo projeto da então deputada Marta Suplicy. "Eu não estou propondo casamento nem constituição de família, mas o acesso aos direitos civis. O Judiciário já está reconhecendo este direito em várias decisões".

De fato, o STF (Supremo Tribunal Federal) analisa uma ação proposta pelo governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, pedindo o reconhecimento legal da união estável de casais homossexuais. "O ambiente é muito favorável à causa", afirmou Eduardo Santarelo, coordenador do Programa Brasil Sem Homofobia da Secretaria Especial de Direitos Humanos da Presidência da República.

O ministro Vannuchi disse que o governo federal pode ajudar na tramitação do projeto no Legislativo "em todo seu esforço de articulação política". Para ele, a proposta pode ser aprovada ainda durante o governo Lula. "A tramitação legislativa precisa desse esforço de convencimento e esse segmento (LGBT) tem hoje uma das maiores capacidades de diálogo e sensibilização. O governo ajuda, e a chance de terminar aprovando é grande, ainda durante o governo Lula. Mas, se não aprovar durante o governo Lula, será aprovada em algum momento."

Para Toni Reis, o mais importante é que todas as políticas LGBT sejam mantidas independentemente de qual pessoa ou partido estiver no poder. "Queremos transformar isso em política de Estado. Hoje, o governo federal é comprometido com as causas populares. Se daqui a dois anos se tiver aqui o Serra, o Aécio, a Dilma, o Ciro, nós vamos estar aqui, do mesmo jeito, cobrando".

Mais diretrizes
Outras diretrizes incluídas no plano de promoção aos direitos humanos LGBT são:


- Incluir temas relativos à orientação e diversidade sexual nos cursos de formação de militares e de policiais civis e militares, extensivo às guardas municipais

- Classificar como inadequadas para crianças e adolescentes obras audiovisuais que apresentem conteúdos homofóbicos

- Criar uma comissão intersetorial para analisar programas de auditório e humorísticos e coibir discriminações

- Garantir mudança automática de nome e sexo a transexuais, sem a necessidade de ação judicial

- Encaminhar para o presídio feminino mulheres transexuais e travestis condenados à pena em regime de reclusão

- Acolher mulheres lésbicas, bissexuais, travestis e transexuais na aplicação da Lei Maria da Penha, que pune agressões contra mulheres

- Rever a restrição existente para doação de sangue pela população LGBT

- Enfrentar o uso indiscriminado e prolongado de hormônios feminilizantes e masculinizantes entre travestis e transexuais

- Inserir nos livros didáticos a temática das famílias compostas por lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais

Fonte:
http://noticias.uol.com.br/politica/2009/05/14/ult5773u1188.jhtm

Igreja quebra tabú e abençoa casamento gay o Brasil

segunda-feira, 11 de maio de 2009

O casamento gay ainda é um tabu na maioria das sociedades. Tanto que boa parte delas ainda não reconheceu legalmente a possibilidade do matrimônio entre pessoas do mesmo sexo.
As dificuldades que a questão enfrenta no campo civil, entretanto, não chegam nem perto do que acontece no religioso. Se o uso de preservativos ainda é condenado por muitas instituições religiosas, imaginem o casamento gay.
Na contramão - ou na vanguarda? - dessa posição está a Igreja da Comunidade Metropolitana, que há quatro anos celebra a união de casais homossexuais no Brasil. Tecnicamente, a Igreja não realiza casamentos. Ainda que a cerimônia seja praticamente idêntica e que o menu do site da instituição aponte para “casamento”, ela é chamada de “Benção de União de Casais Homoafetivos”.
“Existe uma diferença de conceito”, argumenta o pastor Cristiano Valério, da ICM. De acordo com o pastor, “o casal não está sendo unido no altar; eles estão vivendo juntos”. - A Igreja dá uma benção a uma união que já é legítima, que já venceu muitos obstáculos e está consolidada. Na ICM, entendemos que os casais devem celebrar sua união depois de se conhecerem, inclusive sexualmente - afirma.
O pastor Valério faz questão de esclarecer porque a cerimônia é considerada uma benção. “Abençoamos a união porque não a consideramos um sacramento. Na ICM, apenas o batismo e a eucaristia são sacramentos”.
Cristiano Valério explica, ainda, o uso do termo “homoafetivo”: - Homossexual dá a ideia de apenas sexo. Homoafetivo realça o carinho que envolve a relação. O desejo é apenas consequência. Mas a Igreja não tem nenhum problema em usar os termos “gays” ou “homossexuais” - diz.
União coletiva Com a proximidade da Parada Gay de São Paulo, marcada para o dia 14 de junho, a ICM prepara-se para a 2ª edição da celebração de benção de união coletiva de casais homoafetivos. O evento acontece na véspera da Parada Gay.
Como toda primeira vez, a edição de 2008 foi um pouco tímida, reunindo apenas cinco casais. “A visibilidade é muito grande, alguns casais optam por celebrar em particular, ao longo do dia”, explica o pastor. Um número maior de casais é esperado para a união coletiva deste ano.

fonte: Terra Magazine

Assassinato de gays tem crescimento de 55% em relação a 2007, aponta relatório do GGB

domingo, 19 de abril de 2009

O Grupo Gay da Bahia (GGB) acaba de divulgar o seu relatório anual com os assassinatos de lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais em 2008 no Brasil. Segundo o levantamento, houve um aumento de 55% de mortes LGBTs em relação a 2007, que registrou um total de 122 mortes. Ao todo, 190 homossexuais foram executados no país.
Do número total, 64% são gays, 32% travestis e 4% lésbicas. O estudo aponta que o risco de uma travesti ser assassinada é 259 vezes maior em relação aos gays. Outro dado alarmante se refere ao Estado de Pernambuco configurado como o mais violento com 27 assassinatos.

Entre as regiões brasileiras, o Nordeste é a mais perigosa. O gay nordestino tem 84% de chances a mais em ser morto do que o gay residente no Sudeste e no Sul. Das vítimas mapeadas pelo GGB, 13% tinham menos de 21 anos. A pesquisa afirma que entre as vítimas predominam as travestis profissionais do sexo, cabeleireiros, professores e ambulantes. Entre os gays nota-se que boa parte dos crimes ocorre dentro de casa e as travestis são executadas a tiros nas ruas.

Em relação aos autores desses crimes, 80% dos criminosos são desconhecidos. Do restante, a maioria são garotos de programa e menores de 21 anos. Em termos globais, o Brasil é o campeão mundial em crimes homofóbicos. O México, segundo colocado no "ranking", teve 35 e o Estados Unidos 25 homossexuais assassinados. O GGB também calculou que no ano passado um homossexual era assassinado a cada dois dias.

Não temos uma única opção sexual no Brasil", diz Lula a jornal turco

sábado, 18 de abril de 2009

O presidente do Brasil, Luiz Inácio Lula da Silva, deu entrevista ao jornalista e ativista LGBT Kursad Kahramanoglu que trabalha para o jornal turco Birgun. Na entrevista eles conversaram sobre variados temas, entre eles economia e as realidades similares entre Turquia e Brasil. Porém, um dos assuntos chama a nossa atenção. Em dado momento, o repórter pergunta ao presidente Lula por que defender os direitos gays.

Lula diz que a "respota é simples". Segundo o presidente, seu governo trabalha no sentido de "reparação ao abandono que o povo brasileiro foi relegado há tanto tempo". Sobre a discriminação, Lula afirmou conhecê-la em suas "entranhas" e diz que a sua trajetória política é "de superação dos preconceitos". A respeito da diversidade, afirma que isso é uma característica de um país com "190 milhões de filhos" e que, para ele, "não há filho único, não temos apenas uma religião, uma raça e uma opção sexual".

O presidente também que o diálogo com todos os segmentos da sociedade é uma obsessão de seu governo e que eles combatem incansavelmente "toda forma de intolerância, de discriminação e preconceito". Nesse momento, Lula pontua a questão LGBT ao dizer que a sua administração "criou, por exemplo, o programa 'Brasil sem Homofobia' e apoia projeto de lei que criminaliza atitudes ofensivas ou discriminatórias em matéria de orientação sexual", referindo-se ao PLC 122/06 - que criminaliza a homofobia no Brasil e tramita há quatro anos no congresso brasileiro.

TRT Bahia reconhece companheiro homoafetivo como dependente

segunda-feira, 13 de abril de 2009

Um servidor público do Tribunal Regional do Trabalho da Bahia (5ª Região) conquistou uma importante vitória para os direitos dos homossexuais no estado. Ele obteve o direito de incluir o seu companheiro como dependente para fins de pensão estatutária, dedução em imposto de renda e assistência médica. A relação homoafetiva foi reconhecida como união estável pela maioria dos desembargadores do Órgão Especial do Tribunal, que deu provimento ao recurso administrativo interposto pelo próprio servidor. A decisão abre precedente, na Corte, para julgamentos de casos semelhantes que ocorrem na iniciativa privada e em outros órgãos públicos.
A decisão aprovada pelos desembargadores no julgamento do recurso menciona a legislação que protege a formação da família, aí incluída a união estável, e considera que, embora os dispositivos se refiram apenas à relação entre homem e mulher, não estabelecem qualquer vedação ao reconhecimento da união estável de pessoas do mesmo sexo. Lembra também que os magistrados já vêm aplicando, por analogia, os mesmos princípios para uniões homoafetivas.

Em março de 2008, o servidor requereu à administração do Tribunal a inclusão do companheiro como dependente no plano de saúde, mas teve o pedido negado, sob o fundamento de que a ordem jurídica não tutela a união homossexual como entidade familiar. Ele recorreu e comprovou a estabilidade da união, a identidade de endereços, bem como o fato de que o companheiro já constava como dependente em faturas de cartão de crédito, contas bancárias e na declaração do imposto de renda. Além disso, apresentou declaração do TRT de São Paulo (2ª Região), onde trabalhava antes, mostrando que naquela Corte o seu companheiro já usufruía dos benefícios de dependente.

Para o desembargador federal Luiz Tadeu Vieira, relator do acórdão, a prova mais contundente da estabilidade homoafetiva do servidor é justamente o documento emitido pelo TRT de São Paulo. Aquele Tribunal entendeu que o companheiro poderia ser considerado dependente no plano de saúde, em razão de preencher o requisito constante do art. 1º da Lei 9.278/96 e do art. 1.723 do Código Civil, que caracterizam a união estável pela “convivência pública, contínua e duradoura e estabelecida com o objetivo de constituição de família”, não mencionando qualquer prazo temporal mínimo de convivência.

“Uma vez que o requerente possui anos de convivência comprovada, não há porque indeferir o pleito de inclusão do companheiro por falta de prova da convivência habitual”, afirmou o desembargador em seu relatório. Além disso, argumentou, é certo que doutrina e jurisprudência vêm se inclinando no sentido de reconhecer os direitos decorrentes das relações homossexuais.

Da redação local,
Com informações da Ascom do TRT Bahia

LGBT agora é problema estadual

terça-feira, 7 de abril de 2009

A cada dois dias um homossexual é assassinado. No Brasil, 68% dos gays, lésbicas, transexuais e bissexuais já sofreram algum tipo de agressão e 12 milhões já foram vítimas de preconceito e aversão. Para mudar essa realidade, o governo do estado criou, por decreto publicado na sexta-feira, o Conselho dos Direitos da População de Lésbicas, Gays, Bissexuais,Travesti s e Transexuais, vinculado à Secretaria de Assistência Social e Direitos Humanos.
– Esse conselho não foi tirado da cartola – conta Cláudio Nascimento Silva, superintendente de Direitos Individuais, Coletivos e Difusos da secretaria. – Há dois anos, estamos fazendo políticas públicas para assegurar e promover nossos direitos. Não será uma medida para inglês ver. É importantíssimo que o estado inclua os homossexuais na agenda pública.
O conselho será composto por 40 membros, dos quais 16 serão representantes das secretarias de Segurança; Administração Penitenciária; Saúde e Defesa Civil; Trabalho e Renda; Educação; Turismo, Esporte e Lazer; os outros 24 serão representantes da sociedade. Também estarão representados o Ministério Público do Estado, a Defensoria Pública, a Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) e a Assembléia Legislativa (Alerj). Será criado um fórum para decidir os requisitos para escolhas dos membros. A posse será em 17 de maio, data mundial de combate à homofobia. A função de membro do conselho é considerada como serviço público relevante e por isso não serão remunerados.
– Queremos que todos os setores governamentais fiquem atento para o problema, porque ele está aí e deve ser atacado em diversas frentes. Não é possível que homossexuais sejam perseguidos e agredidos fisicamente por terem orientação sexual diferente – afirma Nascimento Silva.
O conselho faz parte de um programa mais amplo, o Rio sem Homofobia, que será lançado em 28 de junho, dia mundial do orgulho gay e lésbico. Em junho de 2007, foi criada a câmara técnica do projeto e em maio de 2008 foi realizada a primeira Conferência Estadual de Políticas Públicas para Lésbicas, Gays, Bissexuais e Transexuais (LGBT), que reuniu 700 delegados de 72 municípios.
– Não acredito em política pública sem mecanismos de acompanhamento e avaliação. Com o plano Rio sem Homofobia, o estado vai criar uma rede de proteção básica aos homossexuais – diz o superintendente.
A mais recente briga é para aprovar o projeto 122/2006, da Câmara dos Deputados, que propõe a criminalização da homofobia. O projeto a equipara ao crime de discriminação de raça, cor, etnia, religião, procedência nacional e gênero e o autor da violência fica sujeito a pena, reclusão e multa. Para cada variação da homofobia, há uma penalidade específica, que atinge no máximo cinco anos de reclusão. Para os casos de discriminação em estabelecimentos comerciais, os proprietários ficarão sujeitos a reclusão e suspensão do funcionamento por até três meses. Também será considerado crime proibir a manifestação de carinho. A lei precisa ser votada no Senado, mas encontra oposição de setores conservadores e religiosos.
A luta por direitos vem desde 1996, quando a comunidade conseguiu aprovar a Lei Municipal 2.475/1996, que determina penalidades para as práticas discriminatórias por orientação sexual em estabelecimentos comerciais e órgãos públicos. A lei passou a vigorar em todo o estado quatro anos depois. A mais recente conquista foi em 2007, com aprovação do regulamento 215/2007, que estende o direito de pensão a companheiros e companheiras de servidores públicos homossexuais. A regra já era válida para a capital desde 2002.

João Paulo Aquino

Milk - A Voz da Igualdade

quinta-feira, 26 de março de 2009


Não tenho como esconder minha satisfação em poder contribuir com o Blog do Coletivo Olga. Sem dúvidas, a luta por uma sociedade mais justa ganha pontos em seu favor com a formação desse coletivo e sua iniciativa de encampar a luta também no terreno da mídia, espaço ainda hegemonizado pelos tubarões da alta sociedade que não tem compromisso algum com valores como liberdade ou igualdade – embora os adotem em seu hipócrita discurso.

Por isso, comprometo-me a alimentar sempre que possível esse Blog, ajudando a torná-lo mais um espaço no combate à homofobia e aos preconceitos de qualquer espécie, sempre com o norte em direção ao socialismo.

Mas a minha primeira contribuição à esse espaço será dedicado a comentar o filme Milk – A Voz da Igualdade (EUA, 2008), que tive oportunidade de assistir na semana passada. Esse longa, que rendeu o Oscar de melhor ator ao brilhante Sean Pean, narra a história de Harvey Milk, militante do movimento gay e primeiro homossexual assumido a ocupar um cargo eletivo nos Estados Unidos.

O ex-hippie Milk descobrira, após se mudar de Nova York para São Francisco, na Califórnia, a sua verdadeira vocação: a política. Compreendeu que para garantir mais direitos para os homossexuais e travar a luta contra o preconceito era preciso mais do que palavras ocas, mas organização de fato.

Harvey travou sua luta num momento que uma onda de conservadorismo tomava conta dos Estados Unidos após o auge do movimento hippie. No terreno da política, figuras toscas como a católica Anita Bryant e o senador republicano James Briggs tentavam aprovar leis que retiravam dos homossexuais até mesmo o direito ao emprego.

Nesse cenário, após sucessivas tentativas, Milk se elege supervisor do bairro de Castro em 1977 (no regime político brasileiro, o mais próximo dessa função seria o de vereador ou, no caso de São Paulo, de um subprefeito). Imediatamente começa a travar uma campanha contra a retirada dos direitos homossexuais, que toma corpo e consegue derrotar em plebiscito o projeto de lei que proibia os homossexuais de exercerem a função de professores.

No entanto, a trajetória promissora de Milk (que já ganhava fama nos EUA e no mundo e se tornava um símbolo da luta contra a homofobia) foi interrompida apenas um ano mais tarde, em 1978, quando seu adversário Dan White o assassinou em seu próprio gabinete.

O filme também chama atenção por não tentar “maquiar” as relações homossexuais. Não faltam cenas de beijos, carinhos e até mesmo de sexo, algo impensável para os padrões ainda conservadores do cinema. A atuação magnífica de Sean Pean também é destaque.

De todo modo, é uma obra prima altamente recomendável.

Veja o trailer do filme

Apresentação do Coletivo OLGA

terça-feira, 17 de março de 2009

OLGA é o Coletivo de Diversidade Sexual da União da Juventude Socialista de Camaçari, fundado em agosto de 2008.A sigla OLGA significa Orgulho de Lésbicas, Gays e Afins, representando bem o real foco de debate proposto pelo núcleo, que é o combate ao preconceito sofrido diariamente por Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais.
Como forma de oposição à visão homofóbica presente na sociedade, houve, ao longo do tempo, uma multiplicação das entidades LGBT, tornando-se cada vez mais intensa a discussão sobre a temática da diversidade sexual
Sabendo que muitos jovens são alvos dessa realidade de preconceito e agressões por conta de sua orientação sexual, a UJS não poderia se eximir do dever de conscientizar e se manifestar sobre essa problemática, daí a idéia de formação de núcleos que assumam esse embate
O OLGA tem como principais bandeiras a criminalização da homofobia e a busca por uma maior visibilidade lésbica no cenário LGBT.Assim, o Coletivo OLGA se apresenta como um espaço de discussão, reflexão e luta para que a homofobia ou qualquer tipo de manifestação discriminatória seja banida tanto da UJS, como da sociedade em geral.


segunda-feira, 16 de março de 2009