Milk - A Voz da Igualdade

quinta-feira, 26 de março de 2009


Não tenho como esconder minha satisfação em poder contribuir com o Blog do Coletivo Olga. Sem dúvidas, a luta por uma sociedade mais justa ganha pontos em seu favor com a formação desse coletivo e sua iniciativa de encampar a luta também no terreno da mídia, espaço ainda hegemonizado pelos tubarões da alta sociedade que não tem compromisso algum com valores como liberdade ou igualdade – embora os adotem em seu hipócrita discurso.

Por isso, comprometo-me a alimentar sempre que possível esse Blog, ajudando a torná-lo mais um espaço no combate à homofobia e aos preconceitos de qualquer espécie, sempre com o norte em direção ao socialismo.

Mas a minha primeira contribuição à esse espaço será dedicado a comentar o filme Milk – A Voz da Igualdade (EUA, 2008), que tive oportunidade de assistir na semana passada. Esse longa, que rendeu o Oscar de melhor ator ao brilhante Sean Pean, narra a história de Harvey Milk, militante do movimento gay e primeiro homossexual assumido a ocupar um cargo eletivo nos Estados Unidos.

O ex-hippie Milk descobrira, após se mudar de Nova York para São Francisco, na Califórnia, a sua verdadeira vocação: a política. Compreendeu que para garantir mais direitos para os homossexuais e travar a luta contra o preconceito era preciso mais do que palavras ocas, mas organização de fato.

Harvey travou sua luta num momento que uma onda de conservadorismo tomava conta dos Estados Unidos após o auge do movimento hippie. No terreno da política, figuras toscas como a católica Anita Bryant e o senador republicano James Briggs tentavam aprovar leis que retiravam dos homossexuais até mesmo o direito ao emprego.

Nesse cenário, após sucessivas tentativas, Milk se elege supervisor do bairro de Castro em 1977 (no regime político brasileiro, o mais próximo dessa função seria o de vereador ou, no caso de São Paulo, de um subprefeito). Imediatamente começa a travar uma campanha contra a retirada dos direitos homossexuais, que toma corpo e consegue derrotar em plebiscito o projeto de lei que proibia os homossexuais de exercerem a função de professores.

No entanto, a trajetória promissora de Milk (que já ganhava fama nos EUA e no mundo e se tornava um símbolo da luta contra a homofobia) foi interrompida apenas um ano mais tarde, em 1978, quando seu adversário Dan White o assassinou em seu próprio gabinete.

O filme também chama atenção por não tentar “maquiar” as relações homossexuais. Não faltam cenas de beijos, carinhos e até mesmo de sexo, algo impensável para os padrões ainda conservadores do cinema. A atuação magnífica de Sean Pean também é destaque.

De todo modo, é uma obra prima altamente recomendável.

Veja o trailer do filme

Apresentação do Coletivo OLGA

terça-feira, 17 de março de 2009

OLGA é o Coletivo de Diversidade Sexual da União da Juventude Socialista de Camaçari, fundado em agosto de 2008.A sigla OLGA significa Orgulho de Lésbicas, Gays e Afins, representando bem o real foco de debate proposto pelo núcleo, que é o combate ao preconceito sofrido diariamente por Lésbicas, Gays, Bissexuais, Travestis e Transexuais.
Como forma de oposição à visão homofóbica presente na sociedade, houve, ao longo do tempo, uma multiplicação das entidades LGBT, tornando-se cada vez mais intensa a discussão sobre a temática da diversidade sexual
Sabendo que muitos jovens são alvos dessa realidade de preconceito e agressões por conta de sua orientação sexual, a UJS não poderia se eximir do dever de conscientizar e se manifestar sobre essa problemática, daí a idéia de formação de núcleos que assumam esse embate
O OLGA tem como principais bandeiras a criminalização da homofobia e a busca por uma maior visibilidade lésbica no cenário LGBT.Assim, o Coletivo OLGA se apresenta como um espaço de discussão, reflexão e luta para que a homofobia ou qualquer tipo de manifestação discriminatória seja banida tanto da UJS, como da sociedade em geral.


segunda-feira, 16 de março de 2009